Hoje eu parei pra pensar... E acho que falar de plantas é a maneira mais sutil de demonstrar a conclusão que cheguei
Quando nos dispomos a cultivar plantas (aquelas que plantamos, não me refiro aos arranjos decorativos passageiros) não basta apenas colocá-las em um ambiente de luz ou à meia-sombra. Precisamos regá-las, podá-las, adubá-las, de vez em quando mudá-las de lugar e de vaso e etc. Há também um aprendizado mais especial: saber amá-las mesmo quando estão sem flores, com poucas folhas, no período de recolhimento. Isso nem sempre é fácil, porque muitas vezes nos baseamos na quantidade de botões como sinal de saúde e da qualidade de nosso cuidado, o que nem sempre é verdade. Na vida, confundimos “conquistas” (de altos salários ao acúmulo de bens) com empenho e competência. E há mais um ensinamento que as plantas nos dão: muitas vezes, mesmo com nossa dedicação, elas morrem. Às vezes, por não se adaptarem. Em outras tantas, por já terem cumprido seu ciclo de vida.

Quer dizer que o esforço foi em vão? Claro que não! Ao menos ando tentando me convencer disso com todas as minhas forças. Encerrar um ciclo não é, ou não precisa ser sinônimo de fracasso. Um dia o ciclo acaba nos despedimos e seguimos adiante, prontos para novas etapas, fases, descobertas, experiências e novos desafios.



“E a história humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos
gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e
galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogo, nos prostíbulos, nos
colégios, nas ruínas, nos namoros de esquina. Disso quis eu fazer a minha
poesia, dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada,
porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso
canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não têm voz.”
Ferreira Gullar



Confesso que li algo parecido, mas que não tinha tudo ou tanto do que eu queria dizer, e que tinha pontos que não se aplicavam... Então brinquei de um semi-plágio, acho que adaptação é a palavra mais correta.
Tem tanta coisa se transformando por aqui. E quando digo "por aqui" me refiro ao "aqui" todo, no mundo, no meu mundo, na minha vida, e em mim mesma. Muitas delas eu confesso queria agarrar com as duas mãos e dizer... “Ei! Espera, não é pra ser assim...!"
Mas nem depende só da minha vontade, e o que se tem pra fazer é tentar aceitar, e brincar de gente grande, e fazer de conta que acha normal, que sabe que acontece com todo mundo o tempo todo, e que o que dói logo passa, e vira mais uma história pra um dia contar aqui no Deixa como... "Teve uma vez que me aconteceu..."
Tomara!


Lindo fim de semana pessoas amadas!

Mara!

9 deixaram-se | comente |:

  1. m disse...

    experiências são absolutamente válidas, não é minha gente? um dia a gente vai poder contar muita coisa que nem nos ocorria a possibilidade de acontecer e dar graças a Deus por ter acontecido (e passado, em alguns casos).

    beijos pessoas!  

  2. Anônimo disse...

    verdade...veja só o meu caso:
    Um dia eu xonei no Banderas; no outro eu contei minha fantasia sequissuau com o tetéio; ontem fiquei sabendo que ele vai comprar casinha pra nós no RN; e amanhã eu mando convite de núpcias pra vocês!!! (pq eu não quero casar, né, meu negócio com ele é extra-curricular! huhuhu)  

  3. Anônimo disse...

    pensando em mandar currículo pra compor o quadro de serviçais dele...magina euzinha aqui lavando zorba freiada do Toninho... *suspira*
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    bjo pessoas!!!  

  4. Anônimo disse...

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Maaaaah!!!!!!!
    JURO! só agora olhei resposta de e-mail... poota coincidência!!!
    (ok, já estou convencida da minha vocação pra lavar zorbinha latina =p )  

  5. Unknown disse...

    Não acredito que a lôra comentou uma postagem minha... mesmo que ela tenha dado voltas e num comentado a minha postagem ela ainda assim comentou \o/

    Mah(zinha) é sim... mesmo mesmo...
    a parte boa é que a gente acha até graça de algumas delas depois né???
    Alguém aqui tem duvida de que somos realmente metamorfoses ambulantes???...tsc.. pq não pensei nessa musica antes?  

  6. Anônimo disse...

    Gosto muito de Ferreira Gullar!
    .
    Essas vivências, descobertas, na minha forma de entender, são meio iguais para todos, o que nos torna singular é o momento em que a percebemos e,também, nos momentos em que essas mudanças são relatadas, nos momentos em que elas viram histórias para ser contadas.
    .Viver não é fácil não!
    Eu, já mais "experiente" vira e mexe conto algum "conto" por aqui que tem um ou outro "ponto" só MEU.
    É isso...
    beijosssss Nanizinhaaaaa.  

  7. Anônimo disse...

    O segredo é não olhar com cara feia logo de cara, minha gente!
    Uma hora vamos nos adaptar (a gente sempre se adapta) e criar climinha de guerra contra o inevitável só faz piorar.

    Não, não. Filosofar não é comigo!
    rs

    Deixa acontecer naturalmente!!!
    hehe

    Coias muito bem lembradas, guriaaaa!

    beijo!  

  8. m disse...

    adoro esse meu ar subliminarístico, gata! '_*  

  9. Anônimo disse...

    meeeeu amor,

    demorei para vir pq os caranguejos não me deram folga. será que dá tempo de postar? ham? ham??

    tem um caranguejo envolto a um laço vermelho a sua espera, não demora amor.

    te amo ;)

    ps.: mudando ou não, não deixa a minha plantinha morrer não, viu? ;)