Fiquei sabendo da história de Ana Flávia no dia 14 de janeiro deste ano, o dia que a Marina e a Adélia, minha vizinha, veio com essa garotinha, em nossa casa.
Essa lindeza estava na casa de uma costureira que mora numa rua pertinho da minha - no mesmo quarteirão.
Um dia, o marido da tal costureira recebeu em sua fazenda um casal de japoneses. O casal estava lá para buscar uma garotinha que eles haviam comprado por mil reais. Isso mesmo, MIL REAIS.
- Como mil reais? Perguntou o cara para o casal.
- Sim, fulana de tal, que conhecemos no hospital, nos vendeu a filha por mil reais e hoje vimos aqui pegá-la.
A tal fulana trabalhava na fazenda e tinha um caso com um homem que não era o pai da criança.
O dono do lugar correu com o casal – que queria o dinheiro de volta – e disse que ia à delegacia, se precisasse.
Depois ele ficou sabendo que a mãe da menininha já havia consumido o dinheiro todo. Ele deu um “pito” na empregada e contou a história pra esposa – a vizinha costureira.
Passado um tempinho, essa costureira foi à fazenda e encontrou a menininha toda mordida de inseto e sem cuidado algum. A mãe dizia não querê-la... a costureira, com pena, trouxe a pititinha para a cidade.
E aqui no Bairro, ela virou o xodó da vizinhança. Ganhou roupas novas, era bem cuidada, e ficou uma nenenzinha alegre. Fez maior festa na nossa casa, adorou tirar fotos, inclusive. No dia que esteve aqui, havia mais de três meses que estava longe da “mãe”.
Essa história, desde então, ficou na minha cabeça. Comentei com o Rafa um dia ao telefone dizendo que eu nunca havia presenciado, assim, tão vivamente, algo desse nível. Pensei nas mais possíveis justificativas para essa mãe e a única cabível, no meu entender, é a loucura, só pode.
Procurei ontem saber notícias da pequenina e a Adélia me disse que a costureira foi com a garotinha na fazenda, há mais de uma semana e “mandou” a mãe assumir a criança, tentar, pelo menos, criá-la. Mas nesta terça-feira a maravilhosa mãe de Ana veio devolver a menina, dizendo que ela não parava de chorar e que era insuportável ficar com ela. Hoje Ana Flávia está com onze meses e tomara a nossa vizinha consiga adotá-la. Deseja fazer isso... e é o que todos nós queremos, também.
E tomara a Aninha possa crescer com uma certa leveza que lhe permita compreender que foi acolhida, nunca abandonada.
Tomara!!
Fico bege, arrepiada com essas histórias, mas, infelizmente, o bom e o mau, todos, sem exceção, foram bebês, tiveram mãe e pai; ninguém é filho de chocadeira... Difícil crer, mas é a pura verdade.

Uma linda quinta-feira pra vocês, pois nas quintas é dia de apreender histórias como essas que nos ajudam a perceber que nossa vida é até bela - a minha é -GRAÇAS!!

26 deixaram-se | comente |:

  1. Anônimo disse...

    Essa foi demais mesmo... Eu jogo as mãos pra cima e agradeço por ter uma família tão boa e unida, mesmo com todas as crisesinhas que qualquer família tem.

    Vou ficar torcendo pra que Ana consiga um lugar por aí!
    Já tem alguém tentando a adoção, mainha?

    beijo s e uma quinta cheia de amor pra todo mundo!  

  2. Anônimo disse...

    Nossa Rô.. to chocada, eu arrepiei com a história..
    A gente sempre ouve nos jornais da vida, noticias, como: mãe abandona bebe recem-nascido em algum lugar.. mais isso aprece tão distante de nós.. As vezes damosa justificativa que talvez esse beeb tenha sido roubado e não deixado lá por sua mãe biologica.. E logo muitas pessoas querem adotar esse bebe.. como vc mesmo disse sentimento de acolhida mesmo..
    Quando estudei a historia das creches no brasil, um autor levantou a tese que o amor materno não é algo inato e inerente a mulher e sim algo construido socialmente, não sei se ja toquei nesse assunto aqui... Eu discordo, mesmo esse autor inumerando vários exemplos... Acho que o amor por um filho é maior que a propria vida. e quem ama verdadeiramente não deixa a pobreza, a solidão, interferir nesse amor.
    Não sei, acho que para a Aninha, foi melhor ela ter ido parar em um lar com amor, pq muitas mães acabam ficando com os filhos e os maltratando, só ficam por causa de uma pensão, que as vezes o pai paga sem ser o verdadeiro pai tb
    tema complexo ne, mas ja aprei de falar.. ja parei  

  3. Anônimo disse...

    Filhote, a minha vizinha, a costureira, quer ficar com ela, pois todos da família já cuidam, gostam. Penso que vai conseguir. Espero.  

  4. Anônimo disse...

    Que medo, a Paulinha não estava aqui, meu Deus!!  

  5. Anônimo disse...

    Ai, Paulinha, eu penso meio como esse autor, não creio que o amor filial é inerente aos pais. Quando o sujeito ou a sujeita é ruim, não há filho que dê jeito.
    Como também não creio muito nessa história que muitos contam, sobretudo, os artistas de que quando o filho nasce o sol, o ar fica diferente, não penso porra nenhuma disso, o sol, pra mim, ficou do mesmo jeito... hehe
    .
    Mas olha, sou boa mãe, tô certa disso!!  

  6. Mara disse...

    Aaaaaaaaah Rô li rapidinho pq to atrasada... credo que coisinha mais linda a pequena... e que vaca essa mulher!... depois venho e leio com mais calma e comento direitinho... beijos beijos... até pessoal...  

  7. Anônimo disse...

    ah
    que bom saber, mainha!
    não é a falta do amor da mãe biológica que vai fazer dessa garotinha uma criança triste. ela já tem uma família cheinha de amor pra cuidar dela!

    simbora começar uma campanha com pensamento positivo pra dar tudo certo pra Aninha, minha gente!!!  

  8. Anônimo disse...

    A Adélia vai trazer ela aqui de novo, pra eu ver e depois tiro fotos dela.
    Coloquei aqui fotos um tanto camufladas que é pra preservar a imagem da pititinha, já que nosso blog é visitado muito mais que vocês imaginam... hehe
    .
    Gente, se o Marcelo não aparecer aqui hoje, sei não, em represália, não farei comentários no final-de-semana.
    Sim, sou repressora e vingativa.
    Mas sou BOUAAA, muito BOUUAAA, também.  

  9. Anônimo disse...

    "trazer ela" escrito é fodisss!!!  

  10. m disse...

    ah, penso que quando acontece isso a mãe precisa é de uma surra. fazer o tal fuc-fuc ela quer né? merece uma surra e ficar sem a menina.

    mas eu ainda penso que esta será mais uma daquelas que quando envelhecem ficam louca e fazer mais um punhado de besteiras (como se já não tivessem feito) só pela culpa. enfim..

    beijos, pessoas!  

  11. m disse...

    *comentei, poleti, comentei*

    (o que ainda não me tira a mágua de vc não ter comentado nos meus, tá? uahsuahsua)  

  12. Anônimo disse...

    Assino embaixo do que a Mah disse!

    Literalmente.
    hihi  

  13. Anônimo disse...

    Percebam que a Pôleti gostou da Ana porque rolou uma identificação com a cor da blusinha...

    haha  

  14. Anônimo disse...

    Nossa mãe .. adorei o seu conto.
    não gosto é da estória. aff aff
    .
    ô vontade de pegar a pequetita nos braços de novo. Linda ela.

    Beijocas, mãe.
    ..  

  15. Anônimo disse...

    Sim, Mahh, uma surra ela precisa e amei isso do fuc fuc, tão Rosana Tibúrcio... hehe
    .
    Tô adorando o entrevero entre Mahh e Paulinha... Tá vendo, Tia Decotes, o que dá não ir ao post de Mah, nas sextas-feiras? Bem feito, Mahh, eu também ficaria revoltado...Paulinha precisa aprender... hihihi - ADORO intrigas.
    .
    Filhote, sim, a identificação foi de imediato, algo a ver com a cor. A ver, viu Paulinha, não "haver"... hahaha
    Tá, eu não presto.
    .
    Minha filha grande veio, que lindo, sentiu o cheiro da pititinha, é filha?
    Adorei ter notícias suas.
    Papito saiu daqui agorinha mesmo, foi levar a Pititinha nossa pra o dentista.
    .
    beijos pessoas.
    Vou comer...  

  16. Anônimo disse...

    Eu não fico revoltadO, fico revoltadAAA, sou muito muié, aliás: "eu gosto de ser mulher, sonhar, arder de amor... esse querer, me ilumina. Iurru, viva Marina Lima e Antônio Cícero. AMO!!!!
    .
    Parecendo coisa de mulher que tá no cio.
    Também sonhei com uma camisa azul hoje que foi uma COISAAAAA!!!  

  17. Anônimo disse...

    hahahah
    me perdi totalmente nos coments agora mas vamso por partes
    mah querida, eu não comentei a layla pq eu me perdi na historia dela, mas vou fazer um post me retratando, não foi nada com vc, acredita, eu sempre comento seus post, e sempre entro nos bolões de tentar acertar oq ue vc quis dizer
    eu escrive haver? hehehe não e´assim que escreve não??
    ai a ana pequeninha parece tão linda, e tem um bom gosto para cor de roupa ne, gosta de rosinha como a tia paula...eeeeeee
    e o restante eu não entendi e mais tarde eu volto
    hihihihihi  

  18. Anônimo disse...

    hahahaha
    Essa Paulinha não existe.
    Haver existe, o verbo.
    Agora, " eu não tenho nada a ver com isso", por exemplo, o "a ver" é separado, Paulinha...
    Inda bem que cê existe, senão... rs
    "senão", filhote, "do contrário"  

  19. Anônimo disse...

    Mahhh, não quero fazer intriga, mas observa que começa o boicote na quinta:Marcelo não veio, Nanizinha passou "ex abrupto" e Laquinha há tempos não vem.
    Amanhã se a turma não aparecer, com você, por você e também um pouco por mim eu te convido: vamos para uma greve???
    Te passo detalhes, via e-mail...
    ahahahahaha

    BUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!  

  20. Unknown disse...

    Eu vim! Só não deu para vir de tarde, pois não tinha tempo para ler. Mas estou aqui, ainda não são meia-noite, certo?

    Nunca tinha lido uma história como essa, que coisa estranha. Onde aconteceu isso?  

  21. Mara disse...

    voltando agora com calma (e cansada)
    É uma história com dois lados né Rosaninha? tem a parte ruim dessa criatura que eu me recuso a chamar de mãe.. mas tb tem a parte linda dessa vizinha que pelo visto vai desempenhar o papel muitissimo bem, sorte dessa pequena encontrar com essa nova mãe pelo caminho.. com certeza ja ama um tanto que não sobra muito espaço pra sensação de abandono...
    agora fica a torcida pra que tudo ocorra bem.. e que a Ana Flávia seja adotada e possa continuar com esse sorrisão lindo... toda sorte pras duas ;)  

  22. m disse...

    passe os detalhes aí, rosanita. vou aderir. nem preciso pensar. aliás, acho que vou fazer um post e te mandar por email, já que é só vc que comenta mesmo. acho mais que justo, que tal? vou olhar agorinha mesmo se já existe alguma instrução e minha caixa postal para tal. rimou ;D  

  23. Anônimo disse...

    U� Marcelo, voc� nunca tinha lido uma hist�ria como essa e parece que n�o leu agora tamb�m... rs pois contei que a menina veio at� aqui em casa, que foi aqui em Patos, que essas fotos foram tiradas por mim e que a mo�a a� carregando Ana � a minha filha Marina... Mas gostei da visita, iebba, nem farei repres�lias no final-de-semana.
    .
    haha Mahh, adorei a ades�o.
    Mas olha, algo me diz que amanh� muitos comparecer�o...
    Vamos aguardar.
    Provavelmente eu virei l� pelas 11 horas, pois preciso mesmo entregar um babado que t� fazendo aqui e ficarei meio fora do micro.
    beijosssss mo�ada!!!  

  24. Unknown disse...

    Eu li, eu li! Mas li correndo... Nha, isso que dá tentar aparecer.  

  25. Anônimo disse...

    haha
    Ai, Marcelo, só rindo!!
    Cadê minha pupilinha? Até consegui vir antes do prometido.
    beijos  

  26. Unknown disse...