...Se não fosse a cabeça avoada e o coração sonhador de Dona Carmela, mãe de Edivânia.
Ela esquecera das panelas no fogo! Tinha dito à filha que não se preocupasse, pois ela cuidaria do almoço de comemoração do batizado.
Dona Carmela era uma senhora de feições tranqüilas, olhinhos azuis e rugas escondendo um rosto que deve ter causado ruínas em muitos corações, nos seus tempos de juventude... E isso era a coisa mais difícil de aceitar: estar sozinha. Aos sessenta e cinco anos, viúva desde os sessenta e um, ela sente no coração e no corpo todo, que ainda está apta para ser feliz e fazer alguém feliz. Sonhadora que só, ela aguarda o dia que seu novo companheiro poderá chegar num cavalo branco trazendo flores e broas de fubá, suas preferidas.
O cardápio estava decidido: arroz branco, tutu de feijão feito na banha de porco, salada de alface e tomate, couve refogada e pernil. As comidas de Dona Carmela eram famosas pelo sabor! Ninguém melhor que ela para preparar aquele almoço tão especial. Os gêmeos tinham saído bem arrrumadinhos, com roupa toda branca: camisa, bermudinha, gravata e sapatinhos. Dona Carmela mesmo cuidou lavar e passar as roupinhas, assim como de enfeitar com bordadinhos as mantas e fraldas para o batizado.
Edivânia estava ansiosa. Iria receber em sua casa os familiares de Aroldo. Embora se desse bem com todos ali, uma pessoa lhe incomodava. Era magra, cara emburrada, quarenta e poucos anos e olhava por cima dos óculos. Usava roupas escuras, sempre. Seu nome, Magnólia, a mulher deixada no altar. Em uma cidade, melhor dizer em um vilarejo de tão poucas pessoas, ser deixada no altar se torna um estigma: ninguém nunca esquecerá. Magnólia arrastava as dores e mágoas daquele dia. E mesmo que ousasse tentar se livrar delas, algum vizinho sempre lhe lembraria... Edivânia não conseguia se acalmar na presença desta mulher. Tentava disfarçar, sem muito sucesso. Mas ali, naquela igreja, ela não poderia fazer nada que atrapalhasse a alegria das famílias.
Até aí, os gêmeos ainda dormiam e o pai, Aroldo, também não tinha feito nada significável.
Em casa, Dona Carmela cuidava das panelas. Num susto, ouviu o rangido da porta e alguém que se aproximava.
_ Quem está aí?
_ Sou eu, MÃE.
_ O quê?
_ Eu já sei de tudo. Agora você não precisa mais me evitar pelas ruas, Dona Carmela.
_ O que você está dizendo?
O jovem se aproximava com um sorriso cínico nos lábios. Alto, bem vestido e perfumado, barba feita, pele clara e olhos azuis, um pouco mais arredondados que os de Dona Carmela. Era Oscar, o cabeleireiro amigo de Edivânia que nunca fora bem recebido naquela casa.
Agora ele sabia o motivo...
Ela esquecera das panelas no fogo! Tinha dito à filha que não se preocupasse, pois ela cuidaria do almoço de comemoração do batizado.
Dona Carmela era uma senhora de feições tranqüilas, olhinhos azuis e rugas escondendo um rosto que deve ter causado ruínas em muitos corações, nos seus tempos de juventude... E isso era a coisa mais difícil de aceitar: estar sozinha. Aos sessenta e cinco anos, viúva desde os sessenta e um, ela sente no coração e no corpo todo, que ainda está apta para ser feliz e fazer alguém feliz. Sonhadora que só, ela aguarda o dia que seu novo companheiro poderá chegar num cavalo branco trazendo flores e broas de fubá, suas preferidas.
O cardápio estava decidido: arroz branco, tutu de feijão feito na banha de porco, salada de alface e tomate, couve refogada e pernil. As comidas de Dona Carmela eram famosas pelo sabor! Ninguém melhor que ela para preparar aquele almoço tão especial. Os gêmeos tinham saído bem arrrumadinhos, com roupa toda branca: camisa, bermudinha, gravata e sapatinhos. Dona Carmela mesmo cuidou lavar e passar as roupinhas, assim como de enfeitar com bordadinhos as mantas e fraldas para o batizado.
Edivânia estava ansiosa. Iria receber em sua casa os familiares de Aroldo. Embora se desse bem com todos ali, uma pessoa lhe incomodava. Era magra, cara emburrada, quarenta e poucos anos e olhava por cima dos óculos. Usava roupas escuras, sempre. Seu nome, Magnólia, a mulher deixada no altar. Em uma cidade, melhor dizer em um vilarejo de tão poucas pessoas, ser deixada no altar se torna um estigma: ninguém nunca esquecerá. Magnólia arrastava as dores e mágoas daquele dia. E mesmo que ousasse tentar se livrar delas, algum vizinho sempre lhe lembraria... Edivânia não conseguia se acalmar na presença desta mulher. Tentava disfarçar, sem muito sucesso. Mas ali, naquela igreja, ela não poderia fazer nada que atrapalhasse a alegria das famílias.
Até aí, os gêmeos ainda dormiam e o pai, Aroldo, também não tinha feito nada significável.
Em casa, Dona Carmela cuidava das panelas. Num susto, ouviu o rangido da porta e alguém que se aproximava.
_ Quem está aí?
_ Sou eu, MÃE.
_ O quê?
_ Eu já sei de tudo. Agora você não precisa mais me evitar pelas ruas, Dona Carmela.
_ O que você está dizendo?
O jovem se aproximava com um sorriso cínico nos lábios. Alto, bem vestido e perfumado, barba feita, pele clara e olhos azuis, um pouco mais arredondados que os de Dona Carmela. Era Oscar, o cabeleireiro amigo de Edivânia que nunca fora bem recebido naquela casa.
Agora ele sabia o motivo...
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adoreiiiii
a historia parece que esta passando no tempo antigo
hehehehe
oela descrição do almoço do batizado essa cidadezinhs só ode ser em minas ne
ea s roupinhas dos gemeos que lindo
mas eu não entendi o final, a dona Carmela é mãe de Oscar o cabelereiro gay?????
Oo
que povo mais desanimado
vamos animar galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Paulinhaaaaa, quem disse que o Oscar é gay?? Eu te mato, quero ele macho... e mais não tire o "i" dele, tadinho, já que foi criado sem a Mãe. CabeleIreiro, veja bem... hahaha
Tá, eu não presto!
Eu não posso vadiar muito hoje, mas vim...
volto depois
beijos pessoas.
Filhote, ondé cê arrumou tanto enfeite? Vamos com calma senão na quinta-feira o trem desanda, tenho essa mente fértil não...
Esqueci de dizer: viajei na história, deu vontade de ler o resto, e senti isso desde ontem, com a Laquinha.
Tô besta de ver como os dois são criativos.
Pensando na Paulinha amanhã.. haha
beijos mais
Eitaaa
Sim, sim, Paula! A história se passa em Minas, quase perto da Bordinha e muitas senhorinhas que fofocam nas janelas contam esse causo!
rss
Mainha!
O Cabeleireiro não é gay, pelo menos, não na minha história.
Mas a Magnólia poderia virar sapata depois da desilusão, né...
hahaha
mas gente, eu sempre achei que cabelereiros fossem gays! (só descobri que não depois de um vizinho muito bem casado e gostosão - o que ainda me causa algumas dúvidas, mas beleza).
ai, quero aprender a fazer descrições assim! (adorando!)
Que pena eu senti de todos os cabeleiiiiiireiros... hehe
Se não fosse o meu cabeleireiro ser hetero e muito do bacana, eu iria dizer que tenho sim, CERTEZA, que todos os cabeleireiros são gays! hehe
Ai! E eu conheço um cabeleireiro...
Ui!
Pegada forte!
Ui!
Ainda vou fazer barba, cabelo e bigode naquele salão!
hahahaha
hahahahahahah
o meu deus
eu não li isso rafa, juro a que ponto chega a pessoa ne
eu não entendi nada do que vc disse para mim Quin
mas ta valendo
mas vamos aos fatos eu conheço tres cabelereiros que não são gays, um é ate da Borda city
oww mas ninguem me respondeu o tal oscar é filho da velinha???
beijão pessoas
P.S eu sou pessima para ocntar historias
no maximo vai vim coisas loucas
O que você não entendeu Paulinha? Sobre o i do cabeleireiro?
Tá vou explicar, porque tá me dando coceira nos dedos.
CA - BE - LEI - REI - RO, é assim que se escreve e não cabelereiro, sacô??
Repetindo: ca - be - LEI - rei - ro, então, minha gente, favor não comer o i do bicha... hahaha
bom, o filhote escreve corretamente, o resto quer judiar com o machão!!! hahah
Paulinha, sua bichinha, cê recebeu minha mensagem no celular ontem?
hehehe
Que maçaroca esse menino fez!!! céos!!!!
Ái que eu tô me coçando pra ver o final desse negócio!!! (vai ter final, certo??)
(tááááá bom, a urticária é pra ler tudinho, não só o final hehehe)
Pessoas amadas, meu reino por: um banho beeeeem demorado, um lanche rápido e uma cama beeeem macia!!!
Bjo nas viréias! (porque eu tô cansadinha, mas pra lá de lasciva!!! =p )
aaaiii
Viréias, minha lôra???
haha
Vai ter fim sim!
E quero só ver tb!!!
Paula!
O Oscar é filho da velhinha sim! Mas descobriu faz pouco tempo e só disse pra ela que sabia no dia do tal batizado!
hehe
saquei tudo
tudo
tudinhooooooooooo
vou voloovar dedinhos para fununciar então
Rô desculpa eu não sei escrever cabeleirero
Ne pobrema
e muito menos waxiton hahahahahahaha
aham, tá bom, a quintinha tava me corrigindo.. tá bom, tá bom..