Sem falar nada e segura de si, como em um comercial de absorvente íntimo, Layla Suellen saiu para comprar uma roupa no Bazar Odete... O dinheiro que iria gastar era que sua mãe lhe deu para ela pagar alguns produtos da Avon que ela comprou, mas Layla queria mais era que a mãe ficasse endividada... Afinal, mãe sempre perdoa...
- Por isso, nunca serei mãe - disse para si mesma acompanhada de uma risada zombeteira e aguda.
Ao chegar no Bazar Odete, escolheu de cara um vestido vermelho Martini de seda, que realçava o corpo malhado de Layla, de tanto limpar a casa e passar escovão no chão. Leu em uma revista que limpar a casa e lavar roupas queimava calorias. Então, sempre que podia entrava na faxina, ao som de Simone. No vinil. Layla era vintage. Layla pagou sem culpa com o dinheiro da mãe e atrevida pensou:
- Vou testar o poder de fogo desse vestido!
E parou na esquina, em um poste, em plena 11:43 da manhã. Não deu um minuto e apareceu em um Opala Preto, com vidros escuros, abriu o vidro e Layla ficou tensa. Tensa e tesa. O moço tinha uma cara que era uma mistura do Latino e do José Mayer, com um sexy cigarro atrás da orelha.
- Tenho Deixxxxxx contos. Topaxxxxxxxxxxx?
- Tenho Deixxxxxx contos. Topaxxxxxxxxxxx?
Ele era carioca. Layla sentiu as pernas bambas e um calor indecente em sua entranhas que ela adorou.
- Para você, nada, é de graça! E entrou no Opala.Ao entrar, viu que havia um revólver em cima do porta luva e aquilo a excitou mais ainda...
- Quero que faça comigo com esta arma na minha cabeça. Me chama de bandida, de inimiga da Samambaia.
- Maixxxxx é perigoso, minha potranca - exclamou ele, com um atraente hálito de coxinha com conhaque.
- Eu quero! E agora!
Foi então que Layla sentiu uma estranha cólica e sua menstruação desceu, sujando o banco rasgado do Opala.
O sangue que representa a feminilidade tingia o espumão do banco rasgado de vermelho paixão...
A essência feminina de Layla escorria feito uma groselha surreal, digna de quadros de Salvador Dali (os do começo da carreira, lógico). Sem perder a pose, Layla disparou:
A essência feminina de Layla escorria feito uma groselha surreal, digna de quadros de Salvador Dali (os do começo da carreira, lógico). Sem perder a pose, Layla disparou:
- Que bom... sinal que não estou grávida...
- Maixxxxxxxxxxxx gata, tu tá de chico, é complicated, pô eu que queria fazer uma parada sinixxxxtra contigo... acho que não vai rolar...
- Maixxxxxxxxxxxx gata, tu tá de chico, é complicated, pô eu que queria fazer uma parada sinixxxxtra contigo... acho que não vai rolar...
E então Layla explodiu feito um buscapé em noite frias de junho:
- Vai rolar sim! Vai rolar sim! Seu verme chauvinista, seu pústula! Nós, as mulheres, agüentamos seus pêlos nas costas, seus chulés, catingas de suvaco, bafos de pinga, roncos, verrugas, queda de cabelo, fimose, pinto pequeno... Quantas de nós, fingimos orgasmos para não magoar o frágil ego masculino? Quantas de nós, não lavamos cuecas com freadas, damos de cara com os sabonetes brancos com pentelhos e coleções porcas de revistas pornôs nos banheiros de empregada?
- Vai rolar sim! Vai rolar sim! Seu verme chauvinista, seu pústula! Nós, as mulheres, agüentamos seus pêlos nas costas, seus chulés, catingas de suvaco, bafos de pinga, roncos, verrugas, queda de cabelo, fimose, pinto pequeno... Quantas de nós, fingimos orgasmos para não magoar o frágil ego masculino? Quantas de nós, não lavamos cuecas com freadas, damos de cara com os sabonetes brancos com pentelhos e coleções porcas de revistas pornôs nos banheiros de empregada?
Ou as mais pobres, no único banheiro da casa, debaixo do cesto de roupa suja de vime?Hein?Hein?
- Maixxxxxxxx Mimosa...
- Mimosa não! Não sou vaca! Nem galinha! Sou apenas uma fêmea suburbana tentando vencer no mundo patriarcal!!!
Foi então que aquele carioca atrevido puxou a de encontro ao seu corpo e a beijou com violência...
Seus lábios eram quentes, exigentes e a castigavam como o açoite de Circe... Então, ele pegou o revólver e obrigou Layla a ir para o porta malas...
Seus lábios eram quentes, exigentes e a castigavam como o açoite de Circe... Então, ele pegou o revólver e obrigou Layla a ir para o porta malas...
- Vamoxxxxxxxxxxxx! Vamoxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx! E depois tu vai lavar minhas meiaxxxxxxxxxxxxxx!!!
Layla estava muito excitada, parecia que havia tomado Coca-Cola quente com morangos de Atibaia. Entrou louca no porta malas. Ele também entrou, ficou de conchinha com ela e fechou com tudo o porta malas.
- Agora tu vai ver o que é um herói da Marvel. Você vai conhecer o Homem de ferro.E riu zombeteiramente.
- Mas e a chave para abrir depois o porta malas? Você as trouxe?
- Pô... o pior é que me exxxxxqueci e o carro é roubado...
- Ah, meu Deus... - Layla estava realmente lascada.
- Pô... o pior é que me exxxxxqueci e o carro é roubado...
- Ah, meu Deus... - Layla estava realmente lascada.
[...]
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Não acredito!!!!!!!
Ri muito quando li sobre cueca com freada...
Levei anos pra saber/ver isso na minha vida... É que, anteriormente, eu havia convivido apenas com homem bastante asseado...e eis que depois... urgghhh, ai que nojo!
Agora, como assim, dois no porta-malas??? puttzzzzz.
Voltar à senzala!!! Me coçando de curiosidade pra ler o resto.
Posta mais, Mahh, posta mais!!!
aaaaah gente eu nem acompanhei o resto todo... vou ter que ler na integra.. com certeza vai ter mt mais graça né???
comantei la embaixo de novo Rô...=D
Nanizinhaaa, cê tem que ler tudo, é bom demais!!! Eita Suellen piranha, estilo Belinha do Giga...rs
.
Li lá sobre as ex do "morzinho"... hehe
sagentenumpresta!
haha
Eu, ansioso que só, já tinha lido lá no Blog do Cristian.
Mas achei que poderia ter sido mais, mais... Hum...
Mais igual ao começo!
hihi